Cada mês, o Papa Francisco, confia à sua Rede Mundial de Oração uma intenção, intercalando-se entre uma intenção Universal, com temáticas que apelam a todos os homens e mulheres de boa vontade, não só católicos; e uma intenção pela Evangelização, mais centrada na vida da Igreja e na sua missão evangelizadora. Usando alguns textos dos responsáveis por essa Rede, textos de reflexão e de divulgação, reconhecendo o valor e a importância da comunhão eclesial que esta iniciativa promove, associo-me à sua divulgação na esperança de que mais gente se associe. A Rede Mundial de Oração do Papa é um serviço pontifício ligado diretamente à Santa Sé, é responsável pela difusão, oração e mobilização dos cristãos e dos homens e mulheres de boa vontade pela intenção da oração do Papa. A escolha destas intenções de oração são fruto de um longo processo de discernimento na Igreja em diversos países do mundo e com propostas provenientes de vários dicastérios, congregações e serviços da Santa Sé. No fim deste processo, o Papa, tendo em conta as propostas recebidas, reserva um tempo para rezar e discernir os desafios da humanidade e da missão da Igreja. Escolhidas as doze intenções de oração, uma para cada mês, Francisco confia-as a todos os fiéis e pessoas de boa vontade. É o apostolado através da oração e que muitas pessoas, famílias e comunidades paroquiais assumem e promovem. Rezar é fundamental, ensinar a rezar é fundamental, rezar por estas intenções abre o nosso olhar e o nosso coração aos problemas do mundo, tornando nossas as alegrias e as esperanças, as dores e os sofrimentos de todos os nossos irmãos e irmãs. Fazê-lo como membro da Rede Mundial de Oração torna presente no nosso quotidiano a universalidade da Igreja. Recomenda-se que esta oração diária seja vivida de forma particularmente intensa na primeira Sexta-feira de cada mês, quando se recorda a revelação do amor do Coração de Jesus por toda a humanidade. Cerca de 40 milhões de pessoas no mundo inteiro assumem esta intenção de cada mês, comungando das grandes preocupações do Papa pela humanidade e pela missão da Igreja. É uma espécie de bússola para uma missão de compaixão para com o mundo, um mundo que desejamos mais humano, mais fraterno e mais solidário.

Há quatro modos para seguir inserido nesta Rede Mundial de Oração do Papa. UMA, través do Movimento do Apostolado da Oração que é o mais antigo, tem mais de 175 anos de existência, está implementado em muitas das nossas paróquias e, a partir da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, continua a promover práticas cristãs que ajudam as comunidades a rezar de uma forma muito eucarística pelas intenções do Papa. OUTRA, através das Equipas Apostólicas da Rede Mundial de Oração do Papa, que são grupos de leigos que se organizam, sensibilizam e promovem nas suas comunidades a oração pela intenção do Papa durante cada mês. OUTRA, através dos projetos digitais que são promovidos pela Rede Mundial nas suas plataformas digitais e, pelas quais, cada pessoa pode rezar e comprometer-se com a intenção do Papa: ‘O Vídeo do Papa’ e a iniciativa do ‘Click to Pray’ ou ‘Passo a Rezar’ que muitos já baixaram para o seu telemóvel e vivem nesta comunhão universal. OUTRA, através do Movimento Eucarístico Juvenil que é o ramo juvenil da Rede, já com cerca de milhão e meio de jovens que vivem esta mesma espiritualidade de ler a Palavra, rezar e ter uma experiência de comunidade que os envie para a sua comunidade.

Neste mês de janeiro, é-nos proposto rezar para que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando em particular os jovens mais vulneráveis. Na nossa sociedade tantas vezes competitiva, é preciso aprender a colaborar. É necessário ensinar os jovens a encarar cada pessoa como um irmão e não como um adversário, aprendendo a trabalhar juntos na construção de um mundo melhor. Como afirma a Carta Encíclica "Fratelli Tutti", o Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum, é essencial criar uma educação integral que ajude a conhecer o outro, diferente na cultura, na língua, nas crenças e na tradição espiritual e religiosa. Uma sã educação promove os valores morais e capacita para se enfrentarem as tendências individualistas, egoístas, conflituais, o radicalismo e o extremismo cego em todas as suas formas e manifestações. Educar para uma coexistência pacífica no respeito mútuo é o caminho para a fraternidade. Na Carta Encíclica Laudato Si’ é ainda recordada a necessidade de educar para o cuidado da casa comum, indo para além das atitudes ecológicas no dia a dia, ensinando a viver numa convivência colaborativa. Educar significa sobretudo ser testemunhas consistentes, ensinando com a própria vida, porque se comunica muito aos outros na forma como se vive. Não podemos esconder às novas gerações as verdades que dão sentido à vida. A educação compromete-nos a acolher o outro como ele é – não como eu quero que seja, mas como ele é – e sem julgar nem condenar ninguém.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 07-01-2023.

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